terça-feira, julho 10, 2007

Ontem eu e a Justa mais a Amélia do onze fomos as três passear até à baixa. Apanhámos o autocarro e descemos no terreiro do paço. Aquilo sim é uma praça linda, pena que esteja cheia de carros. Podiam ajardinar aquilo, eu acho. Até comentei com a Amélia do onze: "Ó Mélia, (é como eu a trato) isto ficava lindo era com relva e umas arvorezinhas." Mas pronto, quem manda é quem sabe, e isto a gente vê e cala. Abeirámo-nos do rio. É tão lindo aquele sítio, o cais das colunas... há uma que está assim para o tortinho, qualquer ainda se me cai ao rio e depois não há quem a consiga tirar de lá. Olha como ó Tolan, diz que até veio gente do estrangeiro e tudo para ver como se havia de o tirar de lá e até agora é o que se vê. Eu até acho que se devia era pintar aquilo de branquinho para o realçar mais e era assim uma espécie de monumento. Eu tenho cá para mim que assim é que devia de ser. Arrelvava-se a praça, plantavam-se umas arvorezinhas, punham-se uns baloiços para a catraiada e umas mesitas para se piquenicar, pintava-se o Tolan de branco e endireitava-se a coluna torta do cais. Pronto.
Depois fomos as três ver montras. Subimos a rua dos Fanqueiros depois cortámos para a de Santa Justa e fomos até à do Carmo. Entrámos no Grandella e nos Armazéns do Chiado. Não comprámos nada, que isto agora não é cá época de se gastar dinheiro. Vimos as novidades e assim. Sempre dá para uma pessoa sonhar um bocadinho.
Quando nos deu a fome subimos até à Bernard para comer umas torraditas e beber um galão.
Já era noite quando cheguei a casa. Nem jantei nem nada, sentei-me no maple a ver um programa de variedades com a Ivone Silva e o Camilo de Oliveira. É muito bonito os bailados e tudo. Gostei.
Bom agora vou-me despachar que a Zhoraide, uma mulatinha marreca que me veio morar por de cima da tabacaria do senhor André, diz que me vai ensinar a fazer abajures com um papel que não me lembra agora o nome.
Tá, tá.